A Prefeitura de Alagoinhas volta a não realizar repasses para entidades que prestam serviço à população. Com três meses de retenção de verbas, a Santa Casa de Misericórdia teve que suspender os atendimentos de glaucoma deixando vários pacientes em situação crítica. Essas pessoas, que dependem do atendimento regular, ao saberem da lamentável notícia, fizeram um protesto na última quarta-feira(08).
O responsável pela unidade de Saúde, Dr. Virgílio, denunciou a gestão desastrosa e injustificável dos recursos por parte da Prefeitura. Os portadores de glaucoma podem, se não tiverem um acompanhamento regular, ficar cegos da noite para o dia. Existe ainda mais um agravante, a fornecedora de colírio, indispensável para o tratamento, interrompeu o abastecimento, pela falta dos referidos recursos. A situação é dramática.
No inicio de 2019, a Pestalozzi de Alagoinhas também sofreu com a falta de repasses por parte da prefeitura. Já no fim do ano passado, o deputado federal Paulo Azi espalhou diversos outdoors pela cidade denunciado a retenção de um recurso fruto de uma emenda parlamentar sua no valor de R$1,5 milhão para realização de cirurgias eletivas. Estes procedimentos, segundo o deputado, mediante acordo com o prefeito, deveriam ser realizados pela Santa Casa de Misericórdia.
Após a repercussão negativa das manifestações e de críticas feitas por parte da imprensa da cidade, a prefeitura de Alagoinhas sinalizou com o pagamento dos valores referentes a compra dos colírios aos pacientes de Glaucoma. A expectativa é que a Santa Casa de Misericórdia volte com os atendimentos já a partir da próxima semana.
Por Paulo Dias com a colaboração de Caio Pimenta para a radio 2 de Julho